SEM AJUDA DO ESTADO

Cuiabá não conseguirá manter o Hospital Estadual Santa Casa, afirma Abílio

Marcos Vergueiro

O prefeito da Capital, Abílio Brunini (PL), afirmou que o munícipio não terá condições de cuidar do Hospital Estadual Santa Casa, se a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ou o Governo do Estado não assuma as dívidas da unidade, que será desativada após a entrega do Hospital Central, que é para ser entregue no segundo semestre deste ano.

O Governo de Mato Grosso assumiu a gestão do Hospital Estadual Santa Casa em 2019, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT). A unidade sofria problemas financeiros e foi reestruturada pelo Estado. Brunini quer que o governador Mauro Mendes (União Brasil) ou a Assembleia Legislativa comprem a dívida e repassem a gestão para a Prefeitura.

Abilio salientou durante uma conversa com a imprensa que a saúde financeira da Capital está colapsada e afirma que exista um passivo de quase R$ 2 bilhões. Sendo assim, o Executivo e Legislativo estadual, que possuem capacidade financeira melhor, deveriam ajudar, conforme defende o prefeito: “Não tem condições [da Prefeitura] de fazer a compra da Santa Casa, isso eu já deixei claro”, disse.

“A gente torce para que a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado façam essa compra e transfiram para o Município para que a gente possa gerir. Agora, se não for possível, a gente aguarda para ver qual é a decisão que será tomada. Acredito que, para o Estado, o poder de compra dele é muito maior e a condição dele ter essa compra com as contas mais equilibradas do que as nossas, ele tem essa possibilidade com mais facilidade. Só que, se eles optarem por não fazer, a gente não tem condições de fazer”, disse o prefeito.

O complexo da Santa Casa será vendido em leilão para dar continuidade à execução trabalhista que envolve 860 processos e uma dívida inicial superior a R$ 50 milhões. Após o procedimento de unir todas as execuções no TRT, 384 processos já foram quitados com o pagamento de cerca de R$ 7,3 milhões, enquanto outros 476 processos ainda aguardam pagamento, somando cerca de R$ 43,7 milhões.

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