Na manhã desta quinta-feira (23), o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), decretou estado de emergência em saúde pública por 60 dias. A decisão foi motivada pelo alarmante aumento nos casos de arboviroses, com destaque para a chikungunya, que apresentou crescimento de 1.913,3%, e a dengue, com aumento de 204,5%, conforme os dados do Sistema de Vigilância em Saúde.
O decreto também considera a circulação do vírus Oropouche, que possui potencial epidêmico e representa uma ameaça crescente à saúde pública. Segundo a gestão municipal, o objetivo da medida é conter a escalada das doenças e reforçar a capacidade de resposta do sistema de saúde.
Impacto nas unidades de saúde
Durante a vigência do decreto, todas as consultas agendadas em unidades básicas de saúde serão suspensas, priorizando-se atendimentos de demandas espontâneas. Além disso, pacientes que necessitam de medicamentos de uso contínuo não precisarão renovar receitas médicas para obter os remédios.
Um Comitê de Operações Emergenciais será responsável por monitorar a situação e implementar estratégias para mitigar os impactos das arboviroses. O comitê também vai gerenciar ações de assistência, incluindo aquisições emergenciais de medicamentos, insumos, materiais e equipamentos, bem como contratação de serviços e pessoal, quando necessário.
Medidas emergenciais e prevenção
O decreto autoriza a adoção de medidas administrativas e operacionais para o combate às doenças. Isso inclui a possibilidade de implementar novas tecnologias e reforçar a estrutura das unidades de saúde com insumos e profissionais capacitados.
De acordo com especialistas em saúde pública, a mobilização da população é essencial neste momento. O combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e chikungunya, depende de ações preventivas como a eliminação de criadouros em ambientes domésticos e públicos.