O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), classificou como “tímida” a ajuda da União ao agronegócio gaúcho após a recente tragédia climática. Produtores rurais do Estado prometem realizar um tratoraço esta semana em protesto contra as medidas de socorro concedidas até o momento. Eduardo explicou que o movimento de protesto engloba os anos de estiagem no Estado e a tragédia climática de 2024. Ele destacou que a situação atual é resultado de uma sequência de anos difíceis com a estiagem, agravada agora pelas enchentes. Segundo o governador, os prejuízos não se resumem apenas às áreas alagadas ou inundadas. As medidas apresentadas pelo governo federal até o momento circunscrevem ações de apoio financeiro para as áreas inundadas, o que não é suficiente.
Muitas áreas não foram inundadas, mas a produtividade foi completamente comprometida pelas chuvas intensas, que impediram as colheitas e fizeram com que os produtores perdessem suas plantações. O governador reconhece o esforço do governo federal em relação ao Estado, mas considera as medidas adotadas até agora muito tímidas diante da realidade do Rio Grande do Sul. Ele enfatiza que a percepção do governo federal não atende à dimensão do prejuízo que o RS teve no agronegócio. A medida provisória do governo Lula limita o acesso a operações especiais às áreas inundadas, mas a produtividade foi comprometida em várias localidades. O tratoraço está sendo organizado em cidades do interior do Estado para ocorrer na próxima quinta-feira (8), em Porto Alegre. Os produtores rurais esperam que o protesto chame a atenção para a necessidade de medidas mais abrangentes e eficazes para socorrer o agronegócio gaúcho.