Fábio Garcia e Janaina Riva fizeram dobradinha em 2022, ela para estadual e ele para federal; estavam na mesma coligação e a briga atual tem número, 2.026.
Mais um desdobramento hoje, com a assinatura do governador, nas palavras de Fábio, em sua resposta a Janaina de que a considera oposição, e a reafirmação feita por Fábio sobre o berço de corrupção da deputada.
Mas, o que não disseram até agora?
Que a estratégia da Janaina não deu certo. O discurso atacando o Fábio era pra ser uma mensagem ao governador. Ela sabe que o chefe da Casa Civil de Mauro não tem a autonomia para definir esses pagamentos de emendas, assim como não era ele que não pagava as emendas feitas para a prefeitura de Cuiabá até o final do ano passado.
Janaina exagerou na crítica e foi além do secretário, atingindo a pessoa de Garcia.
Após a fritura da deputada que pretendia disputar a presidência da Casa, da demissão de Luluca da SEAF, indicação dela, a deputada vem trabalhando no limite do aceitável para não ser considerada oposição.
Porém, nas redes sociais, Jana não perdeu oportunidade em explorar os dois tropeços recentes do governador: um no pedido de expropriação de terras por desmate e queimadas ao STF e outro na crítica a lei contra a moratória e a comemoração da mesma em dois dias.
O retrato atual é que Mauro não supera Janaina na intenção de votos ao senado. Por mais que se tenha antecipado a pré-campanha, falta muito por acontecer até a eleição.
A briga não foi pelo cargo de presidente, foi para afastá-la de um orçamento de 800 milhões anuais.
O corte no pagamento de emendas foi a segunda providência, aconteceria em mais ou menos dias.
O voto da deputada em um local de ampla maioria é dispensável; urgente é o encolhimento da sua expressão eleitoral. São duas vagas para o senado, mas tem bem mais que dois postulantes.
A saída a ser adotada, talvez, será a vitimização. Única mulher no poder legislativo, luta contra o machismo político, violência política, maioria do eleitorado ser feminino e com “adjetivos” mudando de endereço de Fábio Garcia para Mauro Mendes, o real rival.
Fábio está no caminho traçado por Mauro, e a maior dificuldade será explicar para seu eleitor se quer ser deputado ou secretário, o que, claro, Gisela Simona acha ser uma bobagem.