O Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), sob a liderança do diretor-presidente Zilmar Dias, firmou um contrato com a Cooperativa de Trabalho e Serviço de Rondonópolis (Coomser) para destravar a realização de serviços de forma terceirizada, mas sob supervisão direta da autarquia. A iniciativa tem como objetivo atender à crescente demanda por serviços, especialmente os relacionados a vazamentos, novas ligações e padronização das redes. Atualmente, o departamento conta com apenas cinco equipes para realizar as manutenções.
“Em menos de dois meses isso [falta de água] vai melhorar muito com a parceria com a cooperativa. Nós vamos ampliar em, aproximadamente cinco vezes, a capacidade operacional do DAE”, afirmou Zilmar em entrevista à imprensa nesta semana.
Diante do estado de calamidade declarado no setor, o contrato — assinado em 29 de abril — tem duração de um ano, com possibilidade de prorrogação por mais 12 meses. Ele foi celebrado por meio de dispensa de licitação e possui um limite orçamentário de até R$ 21.651.211,48.
Os pagamentos à cooperativa serão realizados após a verificação da execução efetiva dos serviços. “As medições deverão conter planilha dos serviços executados, cronograma físico-financeiro atualizado, cópia do diário de obras, e relatório fotográfico comprovando a evolução dos serviços no período”, destaca trecho do contrato.
Neste momento, conforme informado pelo DAE-VG, a Coomser — que já atua na gestão do Sanear em Rondonópolis — está realizando o levantamento, estimativa de custos e elaboração de um planejamento detalhado, além de definir qual será o efetivo em campo. A expectativa é que as atividades comecem no dia 29 de maio. Entre os serviços previstos estão: substituição de hidrômetros, reparo e manutenção em redes de água, limpeza de reservatórios, ampliação da rede de distribuição e vistorias técnicas nos sistemas de abastecimento.
“Vamos ficar numa situação mais confortável e com maior agilidade e qualidade de serviço. Porque a cooperativa, ela vem oferecendo todo esse tipo de serviço, de estrutura. Pessoal vai ser associado, poderá ter um salário até majorado e ela [cooperativa] entra com todo o equipamento, toda a logística que hoje nós não temos”, explicou o diretor-presidente.
A Coomser atuará com mão de obra cooperada — e não com funcionários contratados — o que assegura aos trabalhadores direitos previdenciários e participação nos lucros. A remuneração será vinculada diretamente ao desempenho dos serviços. “As pessoas que farão parte desse projeto, elas não serão empregadas, não serão contratadas, elas serão associadas”, reforçou Zilmar.