Os vereadores de Cuiabá aprovaram, nesta quinta-feira (27), por 15 votos sim e nove votos não, o projeto de lei que altera o regimento interno da Câmara Municipal e torna secreto o voto para eleição da Mesa Diretora. Projeto teve resistência dos parlamentares aliados ao prefeito eleito, Abilio Brunini (PL). Vereadores das bancadas do PL e do União Brasil foram orientados a votar contrários à proposta. Já os favoráveis argumentaram que o projeto garante a independência da Câmara.
“Proteger o voto do vereador para que ele não tenha que se posicionar sobre como votou é blindar o vereador análise da população. Eu não vejo ganhos para o povo cuiabano que votemos uma pauta, em caráter emergencial, na última sessão do ano, uma pauta que não traz benefícios à população”, falou a vereadora Maysa Leão (Republicanos) durante a discussão.
Ela ainda acusou o projeto de atender interesses de alguns vereadores no momento em que se aproxima a eleição da próxima Mesa Diretora, marcada para o dia 1º de janeiro. O vereador Dilemário Alencar (UB) seguiu o mesmo tom e disse que a população espera transparência de seus vereadores. Segundo ele, o voto secreto representa um retrocesso no Legislativo cuiabano.
Jefferson Siqueira (PSD) defendeu o projeto alegando que a proposta mantém a independência da Câmara. O vereador citou a interferência do prefeito eleito Abilio Brunini (PL) nas eleições da próxima Mesa.