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Câmara aprova projeto que aumenta pena para maus-tratos contra pessoas com deficiência

Entre principais violações estão abandono, tortura psíquica, desassistência em saúde e alimentação, além da supressão de direitos civis; mulheres são as mais atingidas, especialmente em contextos domésticos e familiares

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que amplia as hipóteses de aumento de pena para o crime de maus-tratos. A proposta, de autoria do deputado Ribamar Silva (PSD-SP), prevê que a punição seja elevada em um terço quando a vítima for uma pessoa com deficiência. O relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), deu parecer favorável e apresentou um substitutivo que ajustou a redação para garantir que a causa de aumento de pena seja aplicada de forma alternativa, abrangendo tanto crianças quanto pessoas com deficiência.

Segundo Silva, o objetivo é enfrentar a “persistente realidade social” da violência contra pessoas com deficiência, garantindo uma resposta penal proporcional à gravidade dos casos. Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontam que, até o terceiro trimestre de 2023, foram registradas 51.734 denúncias envolvendo violações de direitos de pessoas com deficiência, alta de 150% em relação ao período anterior. Esses relatos resultaram em mais de 307 mil violações.

Entre as principais violações estão maus-tratos, abandono, tortura psíquica, desassistência em saúde e alimentação, além da supressão de direitos civis.

Com a aprovação na Câmara, o projeto segue para análise do Senado. Caso seja aprovado, passará a alterar o Código Penal, incluindo a deficiência como causa de aumento de pena para o crime de maus-tratos.

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