O Brasil estabeleceu uma nova meta para a redução das emissões de gases de efeito estufa, visando um corte de 67% até 2035. O Ministério do Meio Ambiente anunciou que a meta terá uma faixa de redução entre 59% e 67%, permitindo assim uma certa flexibilidade. O vice-presidente Geraldo Alckmin apresentará o documento completo na COP29, em Baku. A proposta do governo Lula, no entanto, gerou reações negativas entre especialistas. A meta de redução, que se baseia nos níveis de emissões de 2005, estabelece que as emissões em 2035 devem ficar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2. O ministério enfatizou a intenção de alcançar o limite inferior, mas também reconheceu as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Brasil, um país em desenvolvimento.
Em 2023, a última Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil previa um teto de emissões de 1,3 GtCO2e para 2025 e 1,2 GtCO2e para 2030, o que representava cortes de 48% e 53%, respectivamente. O país deverá revisar suas metas até fevereiro de 2025, com a expectativa de apresentar objetivos mais ousados na COP30, que será realizada em Belém. O Ministério do Meio Ambiente defendeu a nova NDC como uma proposta ambiciosa e responsável, alinhada aos compromissos do Acordo de Paris, que busca limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. A pasta destacou que a nova meta foi formulada com base nas melhores evidências científicas disponíveis, buscando um equilíbrio entre ambição e viabilidade.