BOLSONARO PRESO

“Brasil atravessou a fronteira do conflito político para a perseguição política de Estado”, dispara Medeiros

O deputado federal José Medeiros (PL) fez duras críticas ao mandado de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes na manhã deste sábado (22). Para o parlamentar, a prisão do ex-presidente, “sem processo transparente, regras claras e respeito ao contraditório”, não representa apenas um ataque a Bolsonaro, mas “a todos os brasileiros”.

“Hoje o Brasil acaba de atravessar a fronteira que separa o conflito político da perseguição política de Estado. Quando a Constituição vira apenas um pedaço de papel que pode ser reinterpretado, moldado a bel-prazer, não tem amanhã seguro”, denuncia o parlamentar.

Medeiros avalia que o Brasil sofre uma silenciosa asfixia democrática, afirmando que tiranias não aparecem com tanques e soldados nas ruas, e sim com justificativas convenientes usadas para calar adversários.

“É assim que as democracias morrem. Não com tanques, mas com a desculpa de que é só dessa vez. É por um bem maior, é porque ele merece. Quando você normaliza o arbítrio contra quem você não gosta, você autoriza que ele seja usado contra quem você gosta”, justifica o deputado.

O parlamentar criticou ainda as prioridades do atual governo e do STF, que, em vez de enfrentarem os reais problemas do Brasil, fingem normalidade.

“O crime organizado avança, as fronteiras estão abertas e o aparato judicial se ocupa em destruir o único político que poderia tirar o Brasil dessa dificuldade. É o deslocamento de prioridades, é a corrupção da lei, é simplesmente prender um homem porque não gosta dele”, disparou o parlamentar.

Para o deputado, a medida não representa o fim da liderança de Jair Bolsonaro, mas o início de um novo ciclo no país.

“O que está acontecendo não é o fim de uma pessoa, é o começo de um regime, e o país mais cedo ou mais tarde vai acordar para o tamanho do erro. Hoje estão prendendo Bolsonaro. Mas eu volto a dizer: ideias não se prendem”, finaliza José Medeiros.

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