Na última quarta-feira (20), o prefeito da capital, Abílio Brunini, tentou se redimir após a polêmica envolvendo a Universidade Federal de Mato Grosso, por ter considerado o ensino da instituição de “bosta”. Ele reconheceu que a palavra foi inadequada, mas continuou com as críticas à universidade que, para ele, estaria fragilizada por diversos problemas.

“Eu me referi à universidade no jeito que ela está hoje. A palavra foi inapropriada pelo peso pejorativo que carrega, mas o meu descontentamento permanece. A universidade hoje está muito aquém, não chega nem à sombra de toda a sua história”, explicou.

O prefeito citou os casos relacionados a violência dentro do campus, e que até a comunidade acadêmica pede reforço policial.  Também ressaltou que quando era deputado federal, destinou emendas para UFMT, mas que a falta de organização da gestão fez com fosse perdido.

“Mandei R$ 2,5 milhões para terminar o centro de convivência, mas a universidade não conseguiu protocolar o projeto porque entrou em greve e perdeu o prazo. A emenda teve de ser redirecionada”, afirmou.

Apesar das críticas, Abílio afirmou reconhecer a relevância da instituição e o trabalho de profissionais ligados à universidade.

Após as palavras duras, Brunini reconheceu a relevância da universidade e do trabalho dos docentes.

“Existem excelentes professores, grandes profissionais, inclusive amigos meus. Eu os recebo e trato muito bem. Mas quando a universidade deixa o papel institucional e passa a atuar como partido político, ela fica à mercê da opinião política”, disse.