O prefeito da capital, Abílio Brunini (PL), indicou que a prefeitura provavelmente irá reduzir por volta de R$90 milhões em despesas, para não haver sufoco e manter as contas de Cuiabá sob controle. Os cortes serão de pessoal e fornecedores ainda no inicio deste semestre. Porém, deixou claro que o salário dos servidores está dentro do planejamento.
Durante entrevista, o chefe do executivo afirmou que a capital não vai pegar nenhum empréstimo no momento, pelas altas taxas, sendo necessário sanar pendências e recuperar a credibilidade financeira.
“Hoje nós já estamos muito apertados financeiramente, acabou o decreto de calamidade, mas não acabou os conflitos da economia do município”, disse.
“A gente está bem no limite, algumas secretarias estão bem apertadas, a gente terá decisões difíceis para tomar agora no começo do segundo semestre e, infelizmente, a gente não vai contrair nenhum empréstimo em juros abusivos”, completou.
Questionado sobre exemplos, indicou que deve ocorrer cortes na Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb), e maior atenção na Secretaria de Obras, fazendo um reequilíbrio. O prefeito também pretende iniciar a cobrança da taxa de lixo destinada exclusivamente sobre os grandes geradores, assegurando ainda que se optarem por fazer a coleta seletiva, poderão receber desconto.
“Atraso de salário não vai ter. Porque isso a gente já deixou empenhado, o salário é diferente. O salário você empenha no início do ano, faz o planejamento para eles, e deixa os recursos separados. Não aconteceu no passado, mas a gente faz isso. Só que a gente tenta cortar as despesas com fornecedores, porque se a gente não cortar, sim, passa por dificuldades. E nós sabemos que imprevistos acontecem”, finalizou.