EDUCAÇÃO FINANCEIRA

A retirada dos radares que não multam

A questão dos radares e Várzea Grande chama atenção por vários motivos.

Foi divulgado que prefeita e vice cumpriram promessa de campanha e retiram dez pontos com fiscalização eletrônica. Não foi essa a promessa. Gravado em programa eleitoral e em informações aos repórteres, o prometido era acabar com todos os radares na cidade, são 38 ao todo.

A escolha dos locais para retirada, segundo informações da prefeitura, foi que esses radares já não emitiam multas em número significativo e assim o município economiza 158 mil reais mensais.

Traduzindo, onde o volume de multas não é suficiente para cobrir o aluguel dos equipamentos, a prefeitura retirou, deixando apenas os rentáveis. Dá para jurar que na campanha pareceu que a promessa de retirada de equipamentos era para economia dos motoristas.

Os quatro meses e meio para fazer o levantamento do que vale, ou não, apenas manter, seria tempo suficiente para um estudo explicando o que faz o motorista várzea-grandense se comportar tão bem nesses pontos em que os equipamentos estão sendo retirados por quase não emitirem multas, e tão mal onde se escuta o tilintar de moedas, com um volume de multas que satisfaz prefeita e vice.

Será que seriam as arapucas com três velocidades máximas diferentes em curtas distâncias?

Os radares escondidos nos sinais com dupla função de multar, tanto em velocidade acima do estabelecido como avanço de sinal, com sinalização de aviso prévio na metragem mínima permitida, com objetivo maior em multar e não em educar?

É necessário notar que não há estudo de volume de acidentes nos locais para manutenção ou não dos equipamentos. O levantamento foi puramente econômico somente.

Em Cuiabá, onde a promessa foi diferente, não de acabar com os radares, mas de retirada dos radares “caça-níqueis”, que tinham a única função de multar os motoristas, até agora a prefeitura está bem satisfeita com o que tem arrecadado, sem anunciar data para estudo e apontamento do número de equipamento que se encaixa na descrição do prefeito em sua campanha.

Mas, é possível que tenhamos novidades rapidamente neste assunto. O presidente do TCE, prometeu levantar, em Cuiabá e Várzea Grande, item a item, radar a radar, quanto está sendo arrecadado e para onde vai o dinheiro das multas que tem destino especificado em lei. Se fizer rápido, vira herói.

O contribuinte depender de “peru de fora” para ter transparência, já é indício que tem gente prestes a ser multada por má condução.

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