AZEDOU

A guerra das marmitas

Depois da divulgação do relatório do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo de Mato Grosso (GFM), resultado de fiscalização no mês de janeiro, que apontou desde água imprópria para consumo, material de higiene pessoal como sabonete e escovas de dentes sendo compartilhado até com uma dezena de presos, o governo do estado reagiu divulgando um vídeo específico sobre o fornecimento de marmitas.

O presidente do GFM, desembargador Orlando Perri, em entrevistas, falou da deficiência no fornecimento de alimentação nos presídios, citando, intervalo superior a 15 horas entre refeições e presos comendo em sacolas plásticas.

Na quinta-feira passada um vídeo postado pelo governo de Mato Grosso mostrava o local onde as refeições da PCE são feitas, na empresa Novo Sabor, pertencente ao grupo Leila Maluf.

A descrição narrada do vídeo, aliada as imagens das marmitas, são capazes de despertar fome em quem assiste. (confira abaixo).

Isso foi na quinta-feira.

Na sexta-feira, foi divulgada a notícia que as marmitas, as mesmas do vídeo, que foram entregues às 13 horas para o almoço dos presos do rio 8 da PCE, estavam todas azedas, estragadas e não foi possível o consumo, tendo o governo informado que “Os presos não ficaram sem refeição. Tão logo se constatou que as marmitas estavam azedas, a empresa fornecedora foi notificada e repôs as refeições”.

Uma pena, o vídeo ficou tão bonito.

Mas tudo isso não é sobre marmitas, é sobre mercadinhos.

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