Há alguns anos o Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) do estado do Mato Grosso, passou de órgão respeitado e acima de qualquer suspeita; para um cenário de escândalos envolvendo sexo explícito no gabinete do presidente, local para mulher “lavar a roupa suja com amante do ex-marido” e agora, a mais nova denúncia, que abalou todos os setores do órgão: o assédio sexual praticado pelo então presidente do instituto.
O ano mal começou e após, apenas, 12 dias desde o começo de 2021, o Indea já foi por duas vezes manchete na editoria “polícia” dos maiores e mais respeitados sites do Estado do Mato Grosso.
O primeiro caso do ano foi registrado no dia 6 de janeiro. A ex-mulher de um servidor do órgão gravou um vídeo em que invade as dependências do instituto e se desloca até a mesa da atual namorada do servidor. Nas imagens, a mulher joga algumas roupas íntimas do ex-marido e literalmente “lava a roupa suja”.
Na gravação, a ex-mulher chega dando bom dia e pergunta se a servidora não sabe que homem tem filhos. “Você sabia que ele é casado? Que ele tem dois filhos um menino de 5 anos e um bebê de 9 meses?”, comenta.
Em seguida, a servidora tenta por panos quente e pede para que elas tenham essa conversa fora do órgão, mas a mulher não aceita. Ela começa a acusar a servidora de ter encontros extraconjugais em horário de expediente.
Irritada, a mulher começa a tirar as cuecas do ex-marido de uma sacola de papel e começa a jogar na mesa da namorada. “Ele está morando na sua casa né? Então aproveita e lava essas roupas sujas dele. Eu não quero mais nada dele lá! Aproveita e costura essa cueca que está bem rasgada”, ironiza.
Ao ser procurados a servidor do Indea relatou que a mulher não aceita o fim do casamento. “Eu já havia me separado, inclusive saído de casa, quando iniciei o namoro. Ela nunca foi minha amante ou algo parecido. Infelizmente, minha ex não aceita o final da relação, o que acabou por ocorrer essa cena ridícula. O processo de divórcio já foi iniciado. E por se tratar de um assunto particular e de minha vida pessoal, não havia comunicado ninguém da instituição”, relatou.
A atual namorada, que também trabalha no Indea, revelou sobre o episódio. “O que ocorreu foi o fim de um casamento e o posterior início de um namoro, o qual a ex-mulher não aceita e acarretou na cena lamentável”, comentou.
Outro caso que chocou não só os servidores do órgão, mas revoltou toda a população cuiabana, foi a acusação de uma jovem de 19 anos, identificada como F.C.B.A, que denunciou o então presidente do instituto, Marcos Catalão, de 49 anos, por assédio sexual. As importunações teriam ocorrido dentro das dependências do órgão.
Segundo ela, os assédios duraram quatro meses, até que ela pediu exoneração do cargo. No boletim de ocorrência, F.C.B.A relatou que após os três primeiros meses trabalhando a convite do acusado como sua assessora, começou a ser assediada.
A jovem tinha acesso a sala do presidente para repor garrafas de águas, levar café e até mesmo ajudá-lo a escolher sua refeição no cardápio. Pouco tempo depois, começou a notar que o homem estava se aproximando cada vez mais com suas “investidas”.
Em um determinado dia, ela entrou na sala para servir água ao assessorado quando foi surpreendida com o homem dizendo que ela não precisaria utilizar máscara para entrar no gabinete. Pouco depois, ele teria começado a massagear o pênis por cima da calça e fazer diversos gestos obscenos.
A jovem relatou que teria ficado em choque e, ao contar para os pais o ocorrido, os mesmos teriam encorajado a vítima a se desligar do cargo e pedir exoneração do instituto. Devido ao medo da vítima por conta da posição “privilegiada” e “poder político” do acusado, a jovem registrou o boletim de ocorrência com receio de represálias. O Governo do Estado vai abrir investigação para apurar o caso.
Outro escândalo recente ocorrido nas dependências do Idea ocorreu no dia 6 de junho do ano passado quando o atual presidente do Instituto, Luiz Fernando da Silva Flamínio, foi exonerado após uma denúncia que no dia 27 de agosto do mesmo ano, o gestor teria sido flagrado fazendo sexo em seu gabinete com sua amante.
Oficialmente, a assessoria do órgão garantiu que a saída de Luiz Fernando foi motivada por uma questão pessoal. Inclusive, no Diário Oficial, a exoneração consta como “a pedido’. Contudo, nos corredores do Instituto, os servidores comentam que o ex-presidente foi pego fazendo atos libidinosos em seu local de trabalho.