O juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati, da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, decidiu manter a prisão preventiva de Maroan Fernandes Haidar Ahmed. Ele é acusado de assassinar o empresário Fábio Batista da Silva em uma lanchonete após uma discussão por uso de farol alto, em 2018. O julgamento do crime, que será pelo Tribunal do Júri, já foi adiado algumas vezes devido a recursos da defesa e segue sem data definida.
A defesa solicitou a revogação da prisão preventiva, mas o pedido foi negado com base nos indícios de autoria e materialidade dos crimes, além do descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o réu violou condições de monitoramento eletrônico, esteve envolvido em um tiroteio na fronteira Brasil-Paraguai e foi preso em flagrante em Santa Catarina por tráfico internacional de drogas.
Além disso, em outro caso, ele é acusado de ser o mandante de um assassinato em Aparecida de Goiânia (GO), em 2020, sob ordens do Primeiro Comando da Capital.
Preso em Florianópolis (SC), o juiz já havia solicitado a transferência para um presídio de segurança máxima, conforme pedido do MPMT. Na decisão de 25 de novembro, reforçou o pedido, recomendando a transferência para a Penitenciária Ênio Pinheiro, em Porto Velho (RO).
“A penitenciária [de Florianópolis] apontou que ele apresenta perfil extremamente perigoso, com indícios de liderança em organização criminosa transnacional envolvida com tráfico de drogas e armas, além de arquitetar homicídios de rivais. Diante disso, o Ministério Público solicitou sua transferência para um presídio federal de segurança máxima”, destacou o juiz.
A justiça destacou que o réu já utilizou estratégias para burlar o monitoramento eletrônico e que sua soltura representaria grave risco à sociedade. Maroan também responde por outros crimes, como tráfico de drogas e organização criminosa.