As investigações da Polícia Civil identificaram que o grupo envolvido no incêndio em duas lojas de Paranatinga estava ameaçando diversos comerciantes na região para pagarem valores aos integrantes de facção criminosa. Caso negassem, eles eram alvos de represálias por não cumprirem ‘ordens’.
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O caso foi descoberto após duas lojas serem incendiadas nesta semana no município, sendo que a ordem para destruir a unidade veio de uma penitenciária. O casal envolvido nas primeiras extorsões foi preso pela polícia. Na manhã desta terça-feira, eles foram identificados como mandantes do incêndio. Ambos estavam detidos no Centro Penitenciário do município e serão transferidos para uma área de isolamento.
Nos dias seguintes à prisão do casal, outros dois suspeitos continuaram com a extorsão contra o dono da loja de utilidades. Imagens de câmeras de segurança e outros elementos informativos coletados confirmaram que um deles foi visto no interior da loja fazendo cobranças a funcionários do estabelecimento comercial. As negativas culminaram no ataque.
Com base nas informações reunidas nas ações investigativas, a Polícia Civil representou pela prisão desses dois suspeitos, que foi rapidamente deferida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paranatinga. Os jovens M.S.M.N e A.OM., de 25 e 23 anos respectivamente, foram detidos durante a tarde de terça-feira pelas equipes da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) de Primavera do Leste. Um deles tinha ainda um mandado em aberto pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.