Delegada da Polícia Civil, Luciana Batista Canaverde explicou que a bebê indígena de um ano e dois meses que morreu no domingo (2) após dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra do Garças também apresentava sinais de desidratação e desnutrição.
Leia mais: Bebê indígena morre após dar entrada na UPA com sinais de abuso sexual
De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou à unidade de saúde em estado grave e precisou passar por um procedimento de reanimação cardiopulmonar, que durou cerca de 22 minutos. No entanto, a menina não resistiu e faleceu. A equipe médica constatou que a criança estava com o hímen rompido, além de uma fissura anal.
“Chegou na UPA com um grave quadro de vômito, diarreia, febre e um quadro infeccioso, desnutrida e desidratada. Infelizmente, esse quadro evoluiu para óbito e agora a gente aguarda o laudo de necropsia”, apontou a delegada.
Os pais informaram às autoridades que residem em uma aldeia indígena no município de Nova Xavantina e alegaram que nunca deixaram a bebê sozinha. No entanto, uma enfermeira que acompanhou o atendimento contradisse essa versão. Nos próximos dias, os pais deverão prestar um novo depoimento.
“No momento em que os pais foram ouvidos assim que o boletim de ocorrência foi registrado, a criança ainda não tinha ido a óbito e agora nós damos seguimento nas investigações. Vamos fazer a coleta de todos os exames necessários e verificar qual é a rotina da criança dentro da aldeia indígena”, ressaltou.