Em se tratando de eleição um dia é suficiente para mudar o quadro. Um fato (ou fake) novo pode ser decisivo no resultado das urnas, já vimos isso acontecer por aqui, desde o “voto dos marmiteiros” do Brigadeiro Eduardo Gomes na eleição contra o General Eurico Dutra, até certo idoso em litigio por sua residência; caso mais conhecido como “a casa do velhinho”, em uma eleição para prefeito em Cuiabá.
No caso do Brigadeiro Eduardo Gomes, se credita sua derrota para o General Eurico Dutra, a um boato de que o Brigadeiro, que não era muito popular entre a parte pobre da população, teria dito que não precisava dos “votos dos marmiteiros”.
As pesquisas de opinião mostram, hoje, uma grande vantagem com vitória em todos os cenários, para o pré-candidato do PT à presidência, o ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inacio Lula da Silva.
Por mais críticas aos institutos de pesquisas que possam existir, observe que só desacredita os resultados quem está em desvantagem.
Talvez estejamos vivendo, desde a eleição presidencial de 2018, o momento do voto anti.
Bolsonaro se elegeu com o voto anti-PT e tem a reeleição em risco pelo voto anti-Bolsonaro. Isso explicaria a dificuldade de crescimento da chamada terceira via.
O fato é que, agora com processos de Lula anulados (por mais que digam o contrário, sem declaração de inocência) teremos a eleição que não ocorreu em 2018, Lula X Bolsonaro, com resultado totalmente aberto.
Quem leu este artigo até aqui pode estar se perguntando, onde se encaixa o título deste material?
Quem era Jair Bolsonaro até a eleição de 2018?
Um deputado federal do baixo clero, sem projeto, sem bandeiras, sem expressão alguma.
Mas agora é a figura máxima, o representante maior da chamada direita brasileira.
Mesmo que perca a eleição, continuará sendo líder. E sempre haverá outra oportunidade, outras eleições para ele e filhos.
Essa é parte da explicação do por que não abandona discursos, como o anti-vacina, que entre outros, tem provocado seu desgaste.
Por isso Bolsonaro não perderá nesta eleição, independente de quem seja eleito presidente do Brasil.