DISPUTA DE TERRA

Justiça determina quebra de sigilo das contas de empresários e PMs envolvidos na morte de Renato Nery

A Justiça determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos alvos investigados por envolvimento na morte do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), Renato Nery. A Polícia Civil já havia indiciado o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira. Os mandantes do crime, Julinere Goulart Bastos e Cesar Jorge Secchi, seguem presos.

Conduzida pela Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, a investigação identificou um caseiro de uma chácara em Várzea Grande e um policial militar como envolvidos diretamente na execução do crime, com detalhamento específico da atuação de cada um deles.

Os dois foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado pela promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. As investigações da DHPP identificaram um casal, moradores do município de Primavera do Leste, como mandante do crime. A motivação do crime foi uma disputa de terra. Ambos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, e as ordens foram cumpridas na última sexta-feira.

De acordo com as apurações, o policial militar foi o intermediário contratado para fazer o “serviço”. Ele conseguiu a arma de fogo usada no homicídio e foi quem repassou a arma para o caseiro da chácara, que pilotou a motocicleta Honda Fan até o local do crime e efetuou os disparos que atingiram o advogado. O assassinato de Nery teria custado cerca de R$ 200 mil, que não foram pagos integralmente.

Já entre o casal apontado como mandante, a mulher aceitou colaborar com a investigação e irá falar em depoimento, acompanhada de advogado. O homem segue negando o crime e permaneceu calado durante todo o depoimento. A conduta dos dois será apurada em inquérito complementar.

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