MOTIVO TORPE

Ex-procurador da Assembleia vai a julgamento por assassinato em Cuiabá

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A Justiça de Mato Grosso decidiu que o advogado e ex-procurador da Assembleia Legislativa, Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha da Silva, irá a julgamento pelo Tribunal do Júri pelo assassinato de Ney Müller Alves Pereira, homem em situação de rua e com transtornos mentais, morto em abril deste ano, em Cuiabá. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (15) pela juíza Helícia Vitti Lourenço, que acatou integralmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público. O réu responderá por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por dificultar a defesa da vítima.

Segundo a magistrada, há provas suficientes de autoria e materialidade do crime, além de fundamentos para a manutenção da prisão preventiva do acusado, diante da gravidade do caso e da necessidade de preservar a ordem pública. Para a Justiça, o advogado demonstrou frieza e desproporcionalidade ao tirar a vida de uma pessoa em condição de vulnerabilidade por causa de um dano patrimonial.

O promotor Samuel Frungilo afirmou que o crime teve motivação de vingança, já que Ney não tinha condições de arcar com os prejuízos causados ao veículo do acusado. Conforme a acusação, Luiz Eduardo premeditou o crime: após descobrir que seu carro, uma Land Rover, havia sido atingido por pedras durante um surto da vítima, jantou com a família, deixou os parentes em casa e retornou ao local armado.

Em seguida, teria encontrado Ney caminhando pela Avenida Edgar Vieira, reduziu a velocidade do carro, abaixou o vidro e disparou contra o rosto dele. A vítima morreu na hora.

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