O que começou como um debate interno, criou musculatura em dezenas subseções e ganhou proporções de reivindicação, nos bastidores da política da Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT). Advogados do interior mato-grossenses estão mobilizados na cobrança que as subseções tenham representações proporcionais, nas futuras chapas que vão disputar a OAB, nas eleições marcadas para novembro deste ano.
Tanto que a diretoria da OAB-MT, em recente reunião com a Caixa de Assistência (CAAMT), conselheiros federais e Colégio de Presidentes de Subseções assumiu a pauta a título de compromisso político.
Na reunião foi apresentada a proposta com intuito de assegurar maior espaço e que seja respeitada a proporcionalidade na composição das chapas que vierem a se inscrever para as eleições deste ano, a fim de que a advocacia do interior possa ter maior representação, pois no interior, hoje em dia, se encontram 51% do total de profissionais inscritos na OAB Mato Grosso.
Por conta disso, os presidentes de subseções presentes, em torno de 19 dos 29, indicaram a advogada Cibeli Simões, atual Presidente da Subseção de Cáceres, como pré-candidata pelo interior à presidência da OAB-MT. A indicação sacudiu as estruturas da disputa interna, pela diretoria e conselho da Ordem, tendo vários adeptos ao projeto, inclusive, da própria capital.
Além de Cibeli Simões, existem mais três nomes como pré-candidatos: Gisela Cardoso, atual presidente da OABMT, na luta pela reeleição; José Carlos Guimarães FOR, atual vice-presidente; e Ítalo Leite, presidente da CAAMT.
O destaque para o Colégio de Presidentes das Subseções, se dá, pois, demonstra força e unidade do interior ao lançar seu próprio pré-candidato, pois, é a primeira vez que isso acontece. Já que se sabe da dimensão de força decisória que as subseções têm, nas eleições da OABMT, a exemplo do último pleito, em que o interior deu à chapa vencedora uma diferença de 1.104 votos.
Existe o entendimento de que qualquer candidato que tenha interesse na presidência da OAB-MT deverá ter como premissa, na prática, o respeito, diálogo e o espírito conciliador, junto ao Colégio de Presidentes e à advocacia do interior.