ENTENDA

Remador italiano perde medalha por ter levado o celular para o barco

Giacomo Perini conquistou o bronze na prova do skiff simples PR1, mas foi desclassificado após o aparelho ter sido encontrado em vistoria realizada depois da competição
Italiano Giacomo Perini perde o bronze por ter esquecido o celular no barco

O remador italiano Giacomo Perini perdeu a medalha de bronze que conquistou na prova do remo nos Jogos Paralímpicos de Paris por um motivo inusitado: ele levou o celular para o barco, onde o aparelho foi encontrado depois de uma vistoria. O problema é que é proibido usar qualquer aparelho de comunicação durante a prova. Perini alega que o celular não foi usado, mas o recurso da Federação Italiana de Remo não foi aceito.

Perini, de 28 anos, terminou em terceiro lugar na final do skiff simples PR1 (para atletas que usam apenas os braços e ombros para remar), mas, depois da prova, teve a desclassificação anunciada pela organização. O telefone celular foi encontrado dentro de uma bolsa.

De acordo com a organização da prova, em comunicado distribuído à imprensa, não é permitido o uso de equipamento de comunicação durante a corrida.

“O atleta italiano foi descoberto usando equipamento de comunicação durante a corrida, violando a regra 28 e o Apêndice R2, Estatuto da regra 28”, disse o anúncio.

A regra em questão estabelece que “nenhuma comunicação com a tripulação é permitida fora do barco, utilizando equipamentos elétricos ou eletrônicos”.

Perini tentou argumentar, alegando que esqueceu o celular no barco por descuido, e que nunca chegou a usá-lo na competição. Ele até mostrou o telefone ao júri, com a última ligação tendo sido realizada noite anterior, para o psicólogo dele.

– Eles não me ‘descobriram’ simplesmente porque eu nunca usei o celular no barco. Dei o telefone ao júri para que eles pudessem ver que a última ligação era da noite anterior, com o psicólogo. As regras não dizem que você não pode trazer o telefone, mas que você não pode se comunicar – argumentou Perini, em declarações a agências internacionais.

A Federação Italiana de Remo chegou a tentar um recurso, que foi rejeitado. A alternativa, agora, é apelar para uma decisão do Conselho Executivo Mundial de Remo, o que ainda está sendo estudado.

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