Rafaela Silva, judoca medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, perdeu na manhã desta segunda-feira (29) para a sul-coreana Huh Mi-mi — a quem nunca venceu na carreira — e disputará a medalha de bronze na categoria até 57kg na Olimpíada de Paris. Essa pode ser a primeira medalha desde sua punição por doping, em 2019, durante os Jogos Pan-Americanos. Por conta da suspensão, ela não participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No primeiro ataque, Huh Mi-mi acertou um wazari, retirado pela arbitragem rapidamente. Já Rafaela buscou colocar o jogo no solo e uma possível imobilização; nas arquibancadas, a torcida presente fazia barulho a favor da brasileira. A sul-coreana até chegou a “correr” do combate, mas a arbitragem não assinalou uma advertência. No golden score, Rafaela chegou a ter duas punições — cenário que já havia tirado a brasileira em Londres-2012.
Depois da segunda punição, passou a se proteger mais no combate, sem se arriscar, fato que possibilitou a Huh Mi-mi crescer no tatame, encaixar um Wazari e ganhar o combate. Em olimpíadas, Rafaela nunca havia sofrido um golpe antes do embate com a sul-coreana. Em Londres 2012, Rafaela foi desclassificada por ter feito um movimento proibido. No Rio 2016, ganhou a medalha de ouro. Em Paris, Willian Lima (prata) e Larissa Pimenta (bronze) já subiram ao pódio. No caminho até a semifinal, Rafaela venceu, sem dificuldades, a turcomena Maysa Pardayeva por Ippon — pontuação mais alta do judô — nas oitavas de final. Nas quartas, protagonizou outra luta rápida contra Eteri Liparterliani, da Geórgia.