Eficiência foi a palavra que o técnico Abel Ferreira mais falou uma hora depois de o Palmeiras ser eliminado da Libertadores. Foi a falta dela, na visão do treinador, que definiu a queda da equipe nas oitavas de final para o Botafogo. O rival foi, segundo o português, letal no ataque no momento em que os anfitriões dominavam a partida, que terminou empatada por 2 a 2. “O futebol é eficácia, é felicidade. Nós, Palmeiras, não fomos felizes. A partir do momento que controlamos o jogo faltou eficácia. Pena que os gols tenham chegado tarde”, afirmou. Abel citou “problemas emocionais” no elenco, mas não se aprofundou sobre o tema. O treinador disse, também, que as lesões foram determinantes para a série de resultados ruins. “Tivemos problemas físicos dentro do time. Só consegui ter 80% do elenco agora”, lastimou, lembrando da ausência, por exemplo, de Estêvão, o craque do time. O jovem atacante só retornou na partida anterior, contra o São Paulo, e fez muita falta nos jogos em que esteve ausente.
Ao falar do apoio da torcida, que não vaiou a equipe quando ela perdia por 2 a 0 e aplaudiu os atletas no final do jogo, Abel direcionou criticas à imprensa, de modo geral, algo comum em suas entrevistas. “Os nossos jogadores sentem um carinho muito grande dos nossos torcedores cara a cara. Já lhes disse como funciona o futebol. Recebemos pelo nosso empenho. Vocês (jornalistas) recebem pelas notícias, pelos programas, pelas confusões que fazem. Alguns criam personagens para ter audiência. Isso é uma bola, um ciclo. Uns ganham de forma direta, outras indireta. Eu procuro muito passar a informação do que é virtual e do que é real”, discursou o técnico.