Já passamos do ponto do debate, não é questão de sim ou não, é de como.
Passamos do momento ideal e isso pode impactar ainda mais em famílias de baixíssima renda.
Estou falando da Cota Zero.
As legislações de outros países e estados que implantaram a chamada Cota Zero, proibindo que qualquer espécime seja retirado das águas de seus rios estão disponíveis para analise de qual melhor se encaixa em nossas bacias hidrográficas.
Mato Grosso do Sul caminha para a proibição total do transporte armazenamento e comercialização de peixes pescados em seu território. Foi feita uma tentativa por lá no ano de 2020, não vingou, mas trouxe as cotas para um exemplar somente de espécies nativas por pescador.
Nosso outro estado vizinho, Goiás a lei de Cota Zero se expiraria em 2.020, mas foi renovado por mais seis anos. No sul do país já tem locais liberando a pesca após anos de proibição e com rios repovoados.
Argentina e Chile já adotam e também alguns estados dos Estados Unidos.
Por aqui, depois de um ensaio rápido, revolta geral de empresários do setor turístico, pesqueiro e lojistas de artigos para pesca, unidos aos pescadores profissionais e contando com o silencio dos pescadores amadores, ninguém se mexe.
Para não dizer que nada, absolutamente, foi feito, lei específica para o lago do manso somente permite pesca de subsistência e amadora na categoria pesque e solte foi aprovada recentemente. É pouco.
A resistência não se justifica. Todos os locais onde foi implantada essa legislação se registrou ganhos enormes na economia local com o aumento do fluxo de turismo e fortalecimento de todos os ramos envolvidos. Mas para isso é preciso dar tempo para o rio se recuperar, é esse tempo que não querem dar.
Ao não trazer para si a responsabilidade nossa autoridades “competentes” vão autorizando que se faça dos rios um garimpo, onde se extrai a última fagulha e se segue para outro local.
Não é mais novidade que pescadores buscam outros rios, pois o velho rio Cuiabá não é nem sombra do que foi em passado recente.
Bom, vamos à pergunta: Cota Zero é para quando?
Não se assustem se passarem a palavra para o Negrinho D’Água.