TRABALHO HEROICO

Voluntário se unem para conter chamas no Pantanal

Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro, os incêndios no Pantanal consumiram mais de 688.000 hectares do bioma até a última quinta-feira (27)

Os incêndios no Pantanal têm deixado um rastro de destruição, mas o trabalho heroico de voluntários tem sido crucial para conter o avanço do desastre. Uma cena captada por um drone mostra a resiliência dos animais, como um casal de tuiuiús que descansava em uma árvore que resistiu às chamas. Sérgio Barreto, biólogo do Instituto Homem Pantaneiro, destacou o trabalho de emergência realizado para proteger as aves, consideradas símbolos da região. A equipe identificou um ninho de tuiuiú e, com a ajuda do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, conseguiu impedir que o fogo atingisse a árvore, salvando os animais.

O tuiuiú é a maior ave do Pantanal, podendo atingir até 1,60 metros de altura e pesar 8 kg, com uma envergadura de quase 3 metros. Pesquisadores e bombeiros comemoraram a presença das aves em meio ao desastre. Barreto alertou que as consequências do fogo para os animais vão além das queimaduras, podendo causar problemas respiratórios fatais devido à inalação de cinzas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais indicam que, entre 1º de janeiro e 25 de junho, foram detectados 3.372 focos de incêndio no Pantanal, superando o recorde anterior de 2.523 queimadas no mesmo período de 2020. As autoridades decretaram emergência em Corumbá, e os bombeiros combatem milhares de incêndios florestais na região. Luiz Francisco, um dos bombeiros, afirmou que as mudanças climáticas estão agravando a situação, com a seca começando já em abril. Débora dos Santos Ávila, que perdeu um filho de 5 meses devido aos incêndios de 2020, tornou-se brigadista para evitar que outras tragédias como a dela se repitam. Ela relatou as dificuldades do combate ao fogo, agravadas pela mudança constante da direção do vento. Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro, os incêndios no Pantanal consumiram mais de 688.000 hectares do bioma até a última quinta-feira (27). A devastação é imensa, mas a união de pesquisadores, bombeiros e voluntários tem sido fundamental para salvar vidas e preservar o que resta desse ecossistema único.
fonte: Jovem Pan

Compartilhe:

Destaques