A Câmara de Cuiabá, com poucas exceções e alguns lampejos de bom senso, vai demonstrando que nada mudou e nada mudará por lá.
Com boa renovação ( 55%) e aumento no número de vereadores da legislatura anterior para essa (25 para 27), a prática do dia a dia indica que isso não foi suficiente para uma mudança de postura.
A qualificação do debate é um sonho, uma miragem que nenhum vereador quer perseguir, pelo simples motivo que não foi assim que se elegeram, então não será assim que alcançarão as cobiçadas posições maiores ou a simples reeleição.
A oposição começa a “mostrar a cara”. Ao que parece vem na linha da crítica pela crítica, inflando pequenos problemas para jogar nas costas do prefeito, tão afoitos em falar mal que não enxergam as árvores por causa da floresta que lhes impede uma visão clara.
Os vereadores da base, mesmo os que já retiraram a tatuagem do nome de Emanuel Pinheiro do peito, fazem uma defesa tão desproporcional, que não conseguem disfarçar as trocas de favores com indicações de cargos, inclusive de parentes de dentro de casa.
Um enseja interferência no regimento interno da Assembleia Legislativa, outro transforma roubo de alimentos e fios em escolas no grande gargalo a ser resolvido pelo prefeito. Alguém afirma que o atual fez muito mais em 90 dias que o outro em 8 anos, enquanto outro proíbe artistas de serem contratados (que nunca foram) e quer dar medalhas a policiais matadores, com tempo de sobra para gastar dinheiro público fazendo da tribuna da Câmara mesa de boteco, dando pitaco em legislação federal, como o aborto.
E assim, feito carroça vazia, a Câmara continua indo e vindo fazendo muito barulho, sem levar ou trazer o que caiba nas expectativas dos eleitores ou nas promessas de campanha.
Se de um lado existem as” viúvas de Emanuel”, de outro tem as “esposas de Abilio”.
Estamos no início dos mandatos, tem tempo de tudo; ou de nada, que é o mais provável.