Depois que, até, um presidente da nossa república revelou invenção de números sobre problemas gravíssimos do país, para justificar um absurdo a falta de políticas publicas para o setor, que ele, então candidato, iria dar a devida atenção, quando eleito, é corriqueiro, quando dados brasileiros são divulgados, sobre qualquer tema: crianças em situação de rua, fome, pobreza extrema, violência contra LGBTQIA+, violência contra a mulher, pesquisas políticas e outros tantos, sempre vem a pergunta: Qual é a fonte?
Numa simples “googada” vemos números gigantes pra nosso país e estado. Somos o quinto país que mais mata mulheres. Mato Grosso registra aumento de feminicído em percentuais altíssimos e até um título de campeão nacional, no final do ano passado nesse tipo de crime.
Podemos auditar números, mas não os problemas.
Tivemos, em nível nacional, campanhas de denuncia contra a violência doméstica, que surtiram vários efeitos; aumentaram os números de denuncias, prisões, processos, e pessoalmente, acho o início para o resultado desejado, a queda, em um futuro próximo, nos números desse tipo de violência.
Mas quero falar de um tipo em particular: Feminicídio.
É um crime com autoria identificada próximo de 100%. Com a identificação vem o processo, condenação e encarceramento, isso quando o próprio autor não se impõe e aplica a pena capital, tirando a própria vida.
Não vejo campanha de conscientização, até o momento, que possa produzir efeito positivo para diminuição desses casos. Pois não se trata de denuncia ou punição dos culpados, isso já acontece.
Quem se propõe a tal ato, está, naquele momento, disposto a todas as punições possíveis em decorrência do seu crime: Tirar a vida de uma mulher por ter sido insultado ou simplesmente rejeitado.
Não raro nos deparamos com casos de pessoas que não imaginávamos em uma situação com esse desfecho. Penso que a maioria dos envolvidos também não.
Meu questionamento é: O feminicída sabe que é uma pessoa capaz de matar? Como antecipar isso trazendo para um tempo em que se possa prevenir uma ação futura?
O que vou dizer aqui é um chute, mas, pela triste surpresa que tivemos hoje, (Muvuca), me arrisco:
Talvez resultados positivos possam surgir se as pessoas puderem se identificar como um possível feminicída, e tenham tempo para buscar antecipadamente o tratamento necessário ou aprendam evitar os 5 minutos que vão destruir vidas, a começar pelas próprias. A escola pode salvar, mas não os adultos de agora.