Depois das cenas lamentáveis protagonizadas pelo presidente da Assembleia ao se exaltar, xingar outro deputado de vagabundo por duas vezes e dar-lhe um empurrão, equipe e defensores, inclusive deputados, se apressam em apresentar versões que justificariam a atitude de Botelho. Não justificam.
A primeira que Botelho teria sido xingado por Lúdio e perdeu a cabeça e, portanto seria culpa de Lúdio o empurrão que levou. Áudio captado no momento comprova que não.
Outra versão aponta que Botelho teria perdido a cabeça por conta da “demagogia” e “mentira de petista” ao propor, sem saber de onde tirar, o valor para custear o subsidio ao fixar a passagem do BRT em 1 real.
Está no projeto, seria por tempo determinado usando o valor excedente da venda dos vagões, que ultrapassam em muito o da implantação do BRT, e claramente busca socorro na polarização para justificar o ato.
Após a versão que Lúdio teria xingado Botelho, o petista divulgou em suas redes sociais o áudio da discussão onde ele é xingado de vagabundo e pede compostura do presidente.
Isso feito, nova versão aparece, a que Lúdio fez de caso pensado e estava com microfone escondido para gravar a conversa (discussão) e isso provaria que ele é o culpado do empurrão que levou.
Claro que Lúdio aproveitou a situação para indagar o que ainda não foi revelado que deixa o presidente da casa tão desequilibrado quando o tema é BRT e a empresa de seu irmão, mas não imitou jogadores argentinos ou Neymar, e se jogou no chão gritando de dor e pedindo ambulância.
Apesar de ter iniciado o processo em toda a discussão do BRT e a família de Botelho, que passou por Thyago Mourão e chegou no Lúdio, Abílio vê a polarização que ele buscava florescer em jardim alheio, não pode condenar o Botelho para não favorecer o Lúdio e vice versa.
Se isso é aperitivo e o prato principal ainda está por vir na campanha oficial, segurem-se.