A cada dia passado a politica brasileira fica mais parecida com futebol. Não ao jogo em si, mas a torcida e os eleitores.
De há muito, pós eleição, era comum ouvir alguém se gabar que “não perdi um voto”, todo contente, ao revelar que os candidatos que ele votou, conseguiram se eleger.
A afirmação, “não voto para perder”, era auto explicativa do perfil do eleitor.
Em tempos atuais, onde tudo que se diz, em qualquer tempo, é possível que qualquer pessoa recupere, em uma consulta rápida na internet, os padrões já deviam ter mudado.
Mas a paixão impede o crescimento e a “lacrada” usando uma Fake News, é comemorada da mesma maneira que o gol ilegal que o juiz não viu. A grande diferença é que na política a “torcida” são os eleitores e neste caso são também os juízes, que escolhem não ver o “impedimento” de seu candidato.
Nos dois casos, os profissionais fazem seu trabalho e a torcida comemora como se tivesse, pessoalmente, de fato, ganhado o campeonato ou eleição.
Da mesma forma que torcidas organizada protagonizam xingamentos e pancadarias, no campo eleitoral, a cor da camiseta diz a quem pertence a disposição de praticar atos, que ele mesmo condena nas outras torcidas, para que os “donos da sua cabeça” sejam coroados com um mandato.
Temos cada vez menos eleitores que enxergam o jogo e o campeonato, a maioria só pula, vibra e provoca a torcida contrária. Na apuração dos pontos, é comemorar xingando o adversário, caso se sagre vencedor, ou fazer eco a desculpa mais repita e, claro, pôr a culpa nos juízes.
Assim como as torcidas discutem times e não o futebol, os eleitores discutem pessoas e não projetos.
“Ele se fez no nosso time e agora que tirar onda. Traíra”.
Cada dia um tributo novo, até de quem se elegeu berrando que o cidadão não aguenta mais pagar impostos. Do sol a fossa, passando pelo poço artesiano, sem avisar se a “mordida” vem da direita ou da esquerda, você será atingido.
Já não é hora de uma reflexão de como chegamos a esse “ESTÁDIO” de coisas?

