A vice prefeita Vania Rosa, anunciou em entrevista coletiva, na semana passada, que reestruturaria seu gabinete e que passaria a desempenhar uma função que faria articulação entre a prefeitura e outros poderes em busca de recursos para o município.
Hoje o prefeito Abilio Brunini, editou decreto em que expressa ser, ele mesmo, o único representante oficial de Cuiabá, e que para ser substituído seria necessária uma determinação com limites pré-definidos, para outrem representar município em tratativas ou atos oficiais.
Alguns interpretaram a atitude como medida tomadas por um imperador, não é o caso.
Como a ideia da nova função parece ter saído exclusivamente dos pensamentos da vice, sem conexão com as intenções do alcaide, daí a desautorização.
Como não temos uma fonte inesgotável de recursos para o munícipio, realmente pode atrapalhar, tratativas de projetos que não sejam os idealizados pelo prefeito, já que, ao que parece, após 9 meses de governo o prefeito ainda não tem um projeto pronto para apresentar para possíveis financiadores e se ela se adiantar, os próximos podem ser inviabilizados.
Mas tem uma declaração pode ter sido a causadora da proibição.
Ao revelar sua intenção de sair em busca de recursos, Vania falou em ir até Brasília em tentativa de carrear recursos para Cuiabá, batendo as portas de ministérios.
Já imaginou se ela realmente consegue?
Abilio ficaria em péssima posição. Ou recusaria, prejudicando a população somente para manter o discurso de que não precisa de dinheiro do Lula, ou morderia a língua, se rendendo ao governo do PT que oficialmente lhe ajudaria, além dos repasses constitucionais já previstos, atendendo um pedido de socorro financeiro.
Nesta semana a vereadora e primeira-dama visitou o prédio onde funcionará, algum dia, a Casa do Autista.
Na gravação, Samantha Iris revelou que a reforma e o mobiliário estariam encaminhados, mas que dinheiro para o funcionamento ainda depende de fonte e citou, além de emendas de parlamentares e governo do estado, o Ministério das Cidades.
Ela mesma, que disse ser Mato Grosso um estado diferenciado, e que o dinheiro o PT não seria necessário por aqui.
O ato falho deve ter custado um ajuste no discurso no aconchego do lar.
Já no caso da Vania, ao se negar a entender que foi “escanteada”, o decreto “põe sua viola definitivamente no saco”.
Ou então, uma “promoção” para aquelas funções de nome compridíssimo sem nenhuma relevância, como curtir as postagens do prefeito no Insta e Tik Tok.