Lei de autoria do executivo acaba de ser enviada para a Assembleia Legislativa proibindo o uso de celulares por alunos em sala de aula.
Alguns estados brasileiros já fizeram o mesmo. Até agora, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Maranhão São Paulo e Paraná aprovaram leis nesse sentido.
Segundo o governador Mauro Mendes, uma pesquisa entrevistou mil pais de alunos da rede pública estadual de educação, apontando que 86% deles aprova a medida.
O ponto principal levantado para a proibição é que os alunos deixam de prestar atenção nas aulas.
O smartfone, surgiu em 2009 no Brasil e se tronou uma ferramenta indispensável para todos. A “vida” das pessoas está no celular. Dinheiro, documentos, contatos, trabalho. Utilizando um tradutor, pessoas viajam o mundo sem falar uma virgula de outra língua que não a sua. Ninguém mais se imagina sem um aparelho.
Por que uma ferramenta tão determinante para o dia a dia das pessoas não pode ser utilizada para auxiliar jovens em seu aprendizado?
Porque não foi algo preparado, regrado e introduzido após estudos de como poderia ser utilizado.
E assim como na mão dos bebês, o uso errado foi permitido.
Talvez essa lei de proibição ajude a chegar no ponto em que passamos sem perceber; o uso é benéfico, mas precisa de regras, para daí refazermos o caminho.
As apostilas ficaram ultrapassadas. As possiblidades de ministrar conteúdo são infinitamente maiores via smartfones. Boa parte dos professores já faz assim.
Durante a pandemia de Covid, os smartfones foram o único acesso ao ensino por meses.
Sem essa lei evoluímos de 22º para 8º lugar no IDEB, imagina onde podemos chegar utilizando da maneira certa?
É certo que são necessárias mudanças, mas a ausência do smartfone não vai dotar de autoridade o professor nem encher de interesse o aluno por apostilas, além do que já existe.
As escolas militares, talvez sejam o local ideal para se achar os limites e formas de utilização.
Mas, sem dúvidas, que o mais fácil é proibir.