LAÇO BRANCO

Uma alavanca capaz de mover mentalidades

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso lançou a campanha Laço Branco e estabeleceu o dia Estadual de Mobilização do Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher.

Em alguns estados brasileiros, campanhas semelhantes já foram adotadas em passado recente, mas em Mato Grosso pode se tornar uma ferramenta na luta contra tristes números diários de assassinados de mulheres pelo fato de serem mulheres.

De todas as campanhas que adotaram o laço como símbolo, essa é a que mais pode apresentar resultados a longo prazo.

As demais campanhas, todas importantes, tem foco em prevenção de doenças e atenção para condições de saúde mental e intelectual.

A campanha do Laço Branco, propõe uma mudança de comportamento, de mentalidade.

Usamos e ostentamos objetos como sinais visíveis da fé que professamos, Cruz, Peixe, Estrela de Davi, Crescente e Estrela, Flor de Lotus, Om entre tantos.

O sinal de respeito as mulheres, de não violência contra elas, um simples laço branco, pode ampliar muito a necessidade de um novo comportamento entre os homens, já que passa a ser um símbolo palpável, algo visível que transmite a mensagem, sem sermões, sem imposição, fazendo com que uma nova cultura possa ser notada em todos os ambientes.

Difundir a não violência contra a mulher é o primeiro passo, todos os outros, punições, segregações, só se fazem necessários após falha no processo de evolução constante que todos passamos.

Mas tem que funcionar diferente dos outros laços. Não pode ser no dia, na semana ou no mês reservado a conscientização sobre o problema.

Será muito eficaz se usados pelos homens durante todo o ano, todos os dias, para que seja visto, lembrado e adotado.

Com custo próximo do zero, isso pode fazer bem mais que o revisitado endurecimento de penas, que nunca impediu aumento de casos de feminicídio.

Mas, se for somente um gesto simpático e político, os números de laços brancos manchados sangue serão iguais aos que envergonham nosso estado em assassinato de mulheres.

Lembrando que as crianças levam para o mundo o que aprenderam na escola, mas levam para a escola o que aprenderam em casa.

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