EM CENA

Um vereador no senado

O vereador cuiabano de primeiro mandato, Rafael Ranalli, surfista de temas midiáticos em suas propostas de lei ou moções de aplausos e repúdio, viu mais uma oportunidade de dar visibilidade ao seu nome.

A troca de cotoveladas entre o governador Mauro Mendes e o deputado federal Eduardo Bolsonaro foi a oportunidade para que ele se perfilasse, e em continência se voluntariasse para ser o segundo candidato ao senado pelo seu partido o Partido Liberal (PL).

Por enquanto, ainda vale a definição do ex-presidente Jair Bolsonaro de que os candidatos ao senado, com sua benção, são Mauro Mendes do União Brasil (União) e José Medeiros (PL).

A encenação foi partilhada pelo presidente do PL em Mato Grosso, que não só declarou que seu partido tem condições de lançar candidato a todos os cargos, como revelou, sem nem mais um detalhe, uma “sondagem” do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, sobre o vereador.

Ranalli, que mirava uma vaga de deputado estadual, subiu o sarrafo ao notar que o suplente de Abilio Brunini na Câmara Federal, Rodrigo Zaeli, teve pouco mais de 6.900 votos e terá dificuldade em uma reeleição, considerando que o menos votado de Mato Grosso foi o Coronel Assis, eleito na média, com mais de 47 mil votos, enquanto que o cenário estadual está congestionado com tanto candidato, que a acomodação nos partidos será um problema.

Mesmo sendo só uma jogada de marketing, não deixa de ser um posicionamento inteligente.

Se tem um lugar que é sujeito a guinadas memoráveis, esse lugar é a política, como, por exemplo, a decisão de Mauro Mendes, no último momento, em não concorrer à reeleição de prefeito de Cuiabá em 2016, deixando Emanuel Pinheiro com uma eleição tranquila, contra Wilson Santos que foi improvisado como candidato.

Papai Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a briguinha do filho com o coleguinha. Os panos quentes já foram alocados e é consenso que cada qual cuide de sua equimose, não sendo necessário irem à diretoria.

A escala deve seguir como programada, mas, pelo sim e pelo não, custa nada ficar de plantão com o  braço erguido.

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