Em entrevista ao Jornal da Manhã edição Cuiabá da rádio Jovem Pan, o secretário chefe da Casa Civil de Mato Grosso Mauro Carvalho, falou sobre as perspectivas da ferrovia estadual Senador Vicente Vuolo.
Inicialmente os números; a primeira ferrovia estadual do país terá 730 quilômetros de extensão, o projeto custará R$ 11,2 bilhões para sua implantação e gerará 230 mil empregos durante os anos de sua construção.
A empolgação palaciana é maior que a popular, mas se justifica. O senso comum sempre foi imediatista, e identifica mais rapidamente avanços pioneiros, como a chegada da energia elétrica ou estradas e asfalto. No caso da ferrovia estamos falando de transformação. A chegada do um novo modal vai mexer profundamente na cadeia do transporte. O alcance geral das mudanças, veremos após essa engrenagem, em construção, girar. Alguns aspectos é possível antever, até porque foram registrados em locais que optaram por investimentos em ferrovias. O trem não irá competir com o caminhão, na verdade sem o caminhão o trem não terá o que transportar, a frota deve aumentar. Quero me ater a esse item por representar mais que normalmente se vê.
Com viagens mais curtas, a jornada atinge normas americanas, onde o motorista faz um percurso que possa descansar em sua casa todos os dias. Se vai ou não melhorar a vida conjugal é outra questão, mas, com isso o volume de caminhões em rodovias federais irá diminuir enormemente.
Além da tranquilidade nas viagens de férias essa diminuição de tráfego nas BRs vai proporcionar uma economia gigante. O primeiro impacto será em vidas poupadas. Em 2020 por conta da pandemia o número de acidentes em rodovias caiu, mas o número de vitimas fatais não, os caminhões não pararam de rodar.
O impacto financeiro deve ser sentido no Sistema único e da Saúde (SUS), com numero menor de atendimentos, tratamento de sequelados, pensões por morte e com melhor qualidade de vida, menor numero de atendimento por diversos outros fatores durante a vida desses motoristas.
Aspectos diferentes de mudança com a instalação do modal ferroviário estão e serão abordados. Achei relevante destacar esse por ter no centro a vida humana.
Para não dizer que são só flores, me perguntei: As concessionárias de rodovias estão na mesma “vibe”?