Familiares do empresário Luiz Meguél Melek, 40, proprietário da Casa das Motos em Alta Floresta, contestam sua morte. Ele foi um dos homens que morreram na tarde de ontem (10), em ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em busca dos bandidos que assaltaram duas agências bancárias na cidade Nova Bandeirantes (997 km de Cuiabá) na última sexta-feira (4). A família alega que Luiz era um dos reféns dos assaltantes e questiona a informação de que ele tenha corrido para a mata ao ver os policiais.
A redação do PhdNews conversou com o irmão e sócio de Luíz na empresa de motos, Edvaldo Melek. Ele revelou que o empresário trabalhava com fretes em uma região de garimpo próximo ao local onde ocorreu o confronto com os criminosos. Segundo Edvaldo, seu irmão pode ser sido feito de refém e executado junto com os criminosos durante a troca de tiros.
“Nós da família não ficamos tão preocupados no começo, pois, quando ele vai para estes locais realizar serviço, é normal que ele fique de dois a três dias sem dar notícias. Neste local não há sinal de rede nem de internet. Eu fiquei desesperado quando começamos a ver as notícias sobre o confronto, o detalhe da caminhonete branca e logo após já vi fotos dele morto em grupos do WhatsApp. Uma tragédia para nossa família.”
Emocionado, o irmão de Luiz contesta a operação policial. Ele afirma que o empresário não tinha passagens criminais e que sempre foi um homem muito trabalhador conhecido pelo seu esforço na região.
De acordo com o Edvaldo Melek os familiares ainda não tiveram acesso ao corpo de Luíz e foram tratados com descaso na Politec.
“Até provar que focinho de porco não é tomada. Mas eu confio no meu irmão, ele jamais se envolveria em um crime desse. Segundo os militares, ele foi executado porque fugiu para o meio do mato. Assim como eu duvido do seu envolvimento, duvido também que ele tenha corrido com os bandidos”, afirmou Miguel emocionado.
Luíz que não tinha passagens criminais. Ele deixa uma filha de 2 e um filho de 10 anos.
“É falsa a informação que está circulando de que um dos mortos na operação de ontem não teve participação no assalto. Luíz era apoio aos assaltantes com a caminhonete cheia de combustível e teria corrido para o meio do mato com os demais”, afirmou um dos agentes do Bope.