Uma recente lenda urbana traz o seguinte enredo: Um deputado federal que prejudicava seu estado para se fortalecer politicamente.
Esse estado seria forte no agronegócio, aliás, tão forte que seu peso fazia a balança comercial do país se inclinar favoravelmente as exportações, influenciando o PIB e trazendo riquezas para a pátria.
A grande maioria desse estado era simpática ao seu presidente, e o percentual de apoio ao governo era sonho para qualquer governante.
Apesar de todo esse apoio o governo federal pouco investia no estado, e apoiadores começavam a se perguntar o motivo do desprezo. Uns defendiam um proceder antigo na política que era de investir justamente onde tinha menos apoiadores para reverter tal quadro, já que onde era bem quisto uns poucos afagos e tapinhas bastavam. Outros apontavam a baixa densidade eleitoral do estado, que com número pequeno de eleitores não influenciava diretamente no resultado de eleições presidenciais.
O deputado em questão era chegadíssimo da presidência. Onde estivesse um ministro da republica, filhos do presidente ou o próprio presidente, sem observar qualquer protocolo, atropelava quem estivesse em sua frente para pousar em fotos e filmagens que tivessem a mínima chance de envio a imprensa. Dizem que tinha predileção por lives e vídeo de ministros, onde chegava, do nada, com largo sorriso e cabeleira revolta.
Outros líderes do mesmo estado, incomodados pelo tratamento dispensado ao ente federado representado por eles, foram ao presidente fazer a justa reclamação. Receberam como resposta a afirmação que o governador daquele estado era seu opositor e ele não pretendia investir na reeleição de alguém que era contra seu governo. E tinha relatos de provas. Todos apresentados adivinhe por quem? Justamente: Um Certo Deputado Federal, que segundo disseram, acalentava sonhos maiores para a próxima eleição, olhando com cobiça para duas cadeiras, uma no palácio Paiaguás e outra no senado federal, sendo que se o plano obtivesse êxito, a primeira cadeira se ajustaria melhor as suas medidas.
Dizem que após essa conversa algo mudou no relacionamento institucional e vários ministros começaram a visitar o estado, ainda sem levar grandes investimentos, mas com uma interação ainda não vista por aquelas bandas.
Quanto ao deputado federal, uns dizem que após isso, solidez do relacionamento real vai se esfarelando e tudo pode acontecer; desde a reconquista de confiança até um “Vá com Deus”. Outros dizem que foi um sonho de Ícaro vivido pelo deputado; se aproximou demais do astro rei e se queimou.