O CANDIDATO

Teoria da relatividade política

Essa teoria se aplica na mudança de candidato para governante. A alteração de posicionamento de candidato para governante faz com que esse espaço-tempo se curve ao redor da diplomação, que multiplica sua massa exponencialmente, fazendo com que seres, contratos, poder, novos diplomas passem a gravitar ao seu redor, não podendo mais se comprovar quem está atraindo quem e que força o faz se mover, por período de 4 a 8 anos, podendo se replicar em outros sistemas.

Em Cuiabá essa teoria recebeu três comprovações iniciais, podendo ser multiplicadas muitas vezes a medida que receber luz nos quatro anos programados.

A primeira é a Intervenção na Saúde em Cuiabá, que continua vigente, tem 26% das cláusulas cumpridas, 43% de informações prestadas. Pressão do Ministério Público deixou de existir desde o início da nova gestão e na última reunião, além de se chegar a conclusão que o TAC não pode ser cumprido do jeito que está, o MP aceitou sugestão do novo governante para alterar a forma de contratação de servidores, lembrando que a motivação da Intervenção foi a não realização de concurso público determinada a gestões anteriores e excesso de contratados.

A segunda foi a verificação “in loco” de vereador comprovando que a “fiscalização” feita pelo atual prefeito sobre o trabalho do prefeito anterior era somente para o Instagram, pelo menos no caso das cadeiras odontológicas repassadas nas caixas, sem uso, e que foram classificadas como descaso e falta de gestão pelo atual administrador, afirmando que elas chegariam, por sua determinação, o mais rápido possível as Clínicas Odontológicas Municipais para beneficiar a população que estava sem atendimento. Mais de cem dias e centenas de “likes” após a “fiscalização, as cadeiras continuam no mesmo lugar, dentro das mesmas caixas.

A terceira comprovação fez curvar a luz, da rua.

O prefeito anterior teve o desplante de anunciar contrato de terceirização do serviço de iluminação pública após se recusar a receber mais de 70 mil lâmpadas doadas pelo estado. O governador, à época, reclamou ação do Ministério Público e Tribunal de Contas, pedindo a prisão do alcaide que estaria a ponto de cometer tal imoralidade.

Em um silêncio de cemitério sem guarda, a nova administração anuncia não um, mas dois contratos. Um com a Caixa Econômica para formatar um projeto de concessão da iluminação pública, pois irá terceirizar o serviço. Alguém ouviu algum “resmunguinho”?

Certíssima frase do personagem Tancredi Príncipe de Falconeri, no romance O Leopardo, do escritor italiano Giusepe di Lampedusa:

“Tudo deve mudar, para que tudo fique como está”

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