Inegável a superioridade no número de acidentes com envolvimento de motocicletas, últimas pesquisas apontam 71% com envolvimento desse tipo de veículo no total de acidentes com vítimas ocorridos no Brasil.
Sem dúvida o número de sequelados por esses acidentes também é muito superior aos que ocorreram com automóveis.
Mas, sempre há um porém.
A campanha nacional contra o serviço de motocicletas por aplicativo está longe de ser plenamente honesta e unicamente interessada na segurança das pessoas, principalmente as pobres por conta de o serviço ser o mais barato do mercado.
Vamos levar em conta que o serviço de mototáxi já existe há mais de uma década e nunca houve campanha contra de nenhuma autoridade. Pelo contrário, houve incentivo para legalização, formação de sindicatos e associações e uma proximidade grande com políticos em campanha, quando o número de trabalhadores nesse serviço era maior.
Apesar de que o número de acidentes envolvendo motocicletas estar correto, não é honesto colocar o número total de acidentes como se todos fossem de moto aplicativo, e mesmo que se separe, ainda tem que se fazer outra divisão que é os acidentes com passageiros e sem, por um detalhe importante; quem define a velocidade do veículo, quando alugado, é o passageiro. Ninguém quer se sentar na garupa do motoqueiro fantasma.
Alguém lembra dos protestos dos taxistas com a chegada do Uber no país?
Não fosse acirrar ainda mais a concorrência, teria taxista rolando de rir, pois pode acontecer com os motoristas de aplicativo o que ocorreu com eles.
A questão é econômica, reserva de mercado. Não fosse isso, o serviço de mototáxi teria sido proibido em nome da segurança. Não foi. Não existiriam motocicletas baratas e financiáveis com parcelas para o restante da vida.
Anote. A guerra é de números, e os moto aplicativos deixarão se ser incomodados quando tiverem número suficiente para significar uma boa votação para alguns.
Assim como Uberlândia (por começar com a marca de um aplicativo) deixou de ser piada, uma Motolândia é perfeitamente aceitável, desde que todos tenham título de eleitor.