Os servidores da Saúde Municipal ameaçam greve se tiverem seu adicional de insalubridade cortado, como recomendou o Ministério Público, para o cumprimento do TAC assinado pela então interventora estadual na saúde do município de Cuiabá, junto ao Tribunal Justiça e Tribunal de Contas TCE/MT, a atual secretária de Saúde cuiabana, Danielle Carmona.
Pedindo calma a categoria e acenando com um desconto menor, fazendo uma compensação com o aumento do Prêmio Saúde.
Precisando fazer corte em gastos, o termo compensação utilizado tem a intenção de não ser uma reposição, ou seja, a decisão é de retirar parte do que é recebido pelos profissionais.
A resistência será grande e pode chegar carregada de questionamentos que ninguém tem interesse em explicar.
Por que foi decretada intervenção na saúde de Cuiabá? Porque se decidiu que o município não tinha condições de geri-la.
A atual gestão está conseguindo fazer a gestão? Não. O próprio prefeito declarou um rombo maior que 100 milhões na pasta e que não tem de onde tirar para suprir a falta.
O TAC está sendo cumprido? Não. O próprio prefeito disse que não há condições financeiras para que as metas sejam alcançadas.
Alguma punição para descumprimento? Não. Nem em pensamento se cogita nova intervenção.
Se é para cumprir o TAC, que passa pouco do 40% das metas estabelecidas, por que começar pela insalubridade dos servidores?
As administrações públicas inventaram os “penduricalhos do bem”, que são aumento de prêmios e outras verbas, como a insalubridade, para compor o salário total de servidores, evitando o pagamento de impostos. Retirando o complemento, haverá rebaixamento de valores a serem pagos aos servidores.
Como não existe nada de relevância estratégica em andamento, essa discussão não atrapalhará a “paradeira” no ritmo do Palácio Alencastro.
Podemos muito bem aguentar mais um “café da manhã para professores”.
“Queria, mas não posso, a lei federal não permite”!
“Queremos anunciar que essa administração vai oferecer, a partir de agora, café da manhã aos professores da rede municipal.”