Mato Grosso é campeão em número e focos de incêndio desde o final de agosto.
Até ontem (09/09), o INPE registrava 36. 480 focos de incêndio desde o primeiro dia do ano. O segundo colocado, o estado do Pará, registrou no mesmo período 28.093 focos.
Explorando os números de Mato Grosso, o quadro fica mais “enfumaçado”.
O contingente estipulado para o Corpo de Bombeiros no estado, em 2014, era de 3.980 homens e existem nos quadros, hoje, apenas 1.464.
Dos 1.464 homens do Corpo de Bombeiros, apenas 200 homens estão no combate direto ao fogo.
O governo admitiu, recentemente, que os recursos investidos no combate e prevenção não foram suficientes, apresentando o número de 70 milhões.
Esse valor se refere a investimentos feitos durante os 4 anos do primeiro mandato de Mauro Mendes, até 2022.
A morosidade do governo federal, no que tange a ampliação do combate a incêndios, chegou ao STF.
O Ministro Flavio Dino, determinou 9 medidas de aprimoramento no combate a incêndios, entre eles a convocação de bombeiros de estados que não estão sendo atingidos e a concentração dos esforços em 20 cidades que detém 85% de todos os focos de incêndios no país. Em Mato Grosso são 3 cidades, Nova Maringá, Colniza e Aripuanã.
Não temos expansão no número de incendiários no país, a questão é econômica.
Usar fogo é barato para os proprietários, e o fato de existir desde sempre, deixa claro que as formas de apuração e punição não são suficientes.
Onde há impunidade, aumento de penas é coisa de filhote de ave.