O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) se manifestou sobre a Operação Bilanz, da Polícia Federal e afirmou que o rombo financeiro na Unimed Cuiabá pode ser superior que R$ 400 milhões. Atualmente são investigadas fraudes fiscais na cooperativa envolvendo o ex-presidente da instituição, Rubens Carlos de Oliveria Júnior e outros cinco ex-membros do alto escalão da Unimed.
A nota do sindicato diz que as condutas já vinham sendo alertadas e já tinham sido denunciadas desde 2020, quando o sindicato levou até a sede da Agência Nacional de Saúde (ANS) provas dos atos abusivos que eram cometidos pela Unimed Cuiabá. Além disso, a entidade representante dos hospitais citou medidas ‘arbitrárias’ da cooperativa que detém o domínio do mercado de planos de saúde na Capital.
“Desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassassem o teto por ela definido, fazendo com que as empresas, para garantir o atendimento dos usuários da Unimed, ficassem sem receber por todos os serviços efetivamente prestados”, diz trecho da nota.
“O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores, que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá, por ser a sua maior fonte pagadora – dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital”, continua.
O sindicato finalizou afirmando que foram feitas inúmeras denúncias à ANS, ao Conselho Fiscal da Unimed Cuiabá e ao Ministério Público (MP-MT).
LEIA A NOTA
Nota sobre a operação da Polícia Federal que investiga a ex gestão da Unimed Cuiabá
O Sindessmat na qualidade de representante das empresas que prestam serviços aos usuários da Unimed Cuiabá relembra que os prestadores foram duramente penalizados pelos atos cometidos pela gestão anterior da cooperativa, e que culminou na operação deflagrada essa semana. Tais condutas já vinham sendo alertadas e já eram objeto de denúncias por este sindicato desde 2020.
Em um breve retrospecto a diretoria do Sindessmat, em março de 2020, levou até a sede da Agência Nacional de Saúde – ANS uma denúncia com robustez de provas dos atos abusivos que eram cometidos pela Unimed Cuiabá, ressaltando em reunião realizada com a diretoria da ANS que os atos praticados geravam não só prejuízos aos seus associados quantos aos próprios usuários do plano.
Desde 2019 a Unimed vinha de forma arbitrária promovendo a redução unilateral dos valores pagos aos prestadores além de instituir o que ela mesmo chamou de teto orçamentário, em que passou a pagar apenas 50% do valor dos serviços prestados que ultrapassassem o teto por ela definido, fazendo com que as empresas, para garantir o atendimento dos usuários da Unimed, ficassem sem receber por todos os serviços efetivamente prestados. O rombo provocado por essa gestão e noticiado no valor de R$ 400 milhões poderá ser ainda maior se considerarmos os valores que a rede prestadora de serviços deixou de receber em razão dessas condutas arbitrárias, tomadas sempre sob a forte ameaça de descredenciamento dos prestadores, que se tornaram reféns diante da Unimed Cuiabá, por ser a sua maior fonte pagadora – dado o domínio de mercado que ela exerce na saúde privada da capital.
Para promover o desvio denunciado era preciso fazer caixa e esse caixa foi feito em grande parte as custas do não pagamento aos prestadores. Foram inúmeras as denúncias na ANS, ao Conselho Fiscal da Unimed Cuiabá, além de denúncia protocolada no Ministério Público, propositura de uma ação judicial, além de comunicados de alerta aos cooperados e denúncias à imprensa.