A prisão do vereador Pablo Pereira (UB), com determinação de seu afastamento do cargo e igual determinação para o diretor comercial do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Alessandro Macaúbas Leite de Campos, com 128 mandados cumpridos ao todo, trazem tímidas palavras cautelosas, com mais reticencias que posicionamentos diante de algo negado durante anos por todos, que é a “indústria da seca” em Várzea Grande.
O primeiro silêncio notado veio da Câmara de vereadores.
O Presidente, Pedrinho, limitou se a dizer que cumprirá a ordem judicial de afastamento com convocação do suplente, nenhuma palavra sobre abertura de processo investigativo por quebra de decoro. Vale lembrar que a Câmara de Várzea Grande tem só um vereador na oposição.
A nota da prefeitura de Várzea Grande, se limita a dizer que o pedido de investigação partiu da presidência do DAE, com determinação do prefeito Kalil.
Não fala dos acordos para apoio nas eleições, do loteamento de cargos que fez com que uma diretoria inteira de um órgão pudesse agir em associação criminosa, tendo respaldo político necessário para só a polícia conseguir retirá-los do cargo, agindo a seu bel prazer o mandato inteiro do atual prefeito.
O União Brasil, partido do vereador preso, e suas lideranças municipais incluído os irmãos Jaime e Júlio Campos, ou o presidente Juarez Toledo Pizza, silenciaram por completo.
Por hora, as investigações apontaram falcatruas diversas que somadas chegam a mais de 11 milhões de reais.
Após as prisões, com a coleta de depoimento dos envolvidos é possível que novas denúncias sejam apuradas. Há quem diga que o que está por vir enche mais que um caminhão pipa.
De qualquer modo, foi um grande dia para quem mora em uma das margens de 53 km do rio Cuiabá e passa constrangimento por faltar água em suas torneiras por todas essas décadas.
É uma data para entrar na oração dos várzea-grandenses, “seja o fim do martírio, nos DAE hoje”.