Servidores públicos de pelo menos 92 escolas aderiram a paralisação estadual organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), nesta quarta-feira (28). O motivo de acordo com o sindicato é o descaso da carreira, desvalorização salarial e falta de reparos em algumas unidades.
A rede estadual é composta por 700 unidades escolares, desse monte 92 cruzaram os braços temporariamente. Na capital, das 48 escolas 22 aderiram ao movimento. Já em Várzea Grande, apenas 11.
O Sintep deverá realizar um ato a partir das 14 horas, em Cuiabá, na Praça do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro Político Administrativo para chamar a atenção da sociedade e do Poder Público.
Os profissionais ainda reivindicam mais atenção dos gestores quanto a realização de concursos públicos e investimento em capacitação de funcionários que atuam nas escolas da cidade e do campo.
As atividades devem ser retomadas a partir desta quinta-feira (29).
Em nota, a Seduc informou que cumpre os pagamentos referentes à reposição da inflação, ao piso profissional e adicional por férias. Comunicou também que as aulas afetadas pela paralisação serão repostas dentro do calendário do ano letivo. Veja abaixo:
NOTA À IMPRENSA
Sobre o movimento de paralisação do Sintep, realizado nesta quarta-feira, dia 28 de setembro, a Secretaria de Estado de Educação esclarece que:
1.Apenas 13% das unidades escolares, em todo o estado, aderiram ao movimento. Ao todo foram 92 escolas, das 700 unidades existentes;
2.Em relação à recomposição da inflação – Revisão Geral Anual (RGA), e ao Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), a Seduc informa que os pagamentos já foram contemplados no rol de investimentos do Estado à Educação nessa gestão;
3.Desde janeiro deste ano, um professor em início de carreira na Rede Estadual recebe R$ 4.747,14, para 30 horas semanais. Como o piso nacional é baseado em 40 horas para professor de Ensino Médio, o valor está além do mínimo exigido por lei.
4.A atual administração também já cumpre com o pagamento aos professores do adicional por 45 dias de férias – além dos 30 dias no final do ano, as férias do meio do ano passaram a ser remuneradas com os professores recebendo um terço sobre esse período.
5.Outra demanda já contemplada são as aulas adicionais pagas conforme a classe e nível do professor. Antes, esse valor era calculado sobre quem estava em início de carreira. Um professor com mestrado e 20 anos de carreira recebia as aulas adicionais como se fosse graduado, sem tempo de serviço. A gestão corrigiu essa distorção;
6.Por fim, a Seduc informa que respeita o movimento, que é um direito de manifestação, mas será necessário a recomposição das aulas, para que os alunos não sejam penalizados.