A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá tem agido distintamente nos casos do vereador Paulo Henrique (MDB), preso na sexta-feira por auxiliar uma facção criminosa na ocultação de bens e da vereadora Edna Sampaio, cassada por quebra de decoro ao depositar a verba de seu gabinete em conta pessoal.
Grupo de vereadores de oposição chegou a se manifestar contra a falta de atitude da Comissão, no mesmo dia da prisão do vereador.
Enquanto a vereadora foi cassada duas vezes, já que a primeira cassação foi anulada por erros no processo, o vereador Paulo Henrique, assistia seu caso se arrastar desde a operação Ragnatela, sem qualquer indício de abertura de processo por quebra de decoro.
Em comum nos casos é o denunciante.
O mesmo servidor público de Sapezal, (480 km de Cuiabá), o advogado Juliano Emanuel Teixeira Enamoto, que havia entrado com pedido de cassação na Comissão de Ética, contra Edna, agora faz o mesmo pedido para cassação do vereador Paulo Henrique.
Paulo Henrique, que é irmão de outro ex-secretário de Cuiabá, Antenor Figueiredo e faz parte da base do prefeito Emanuel Pinheiro na Câmara, que já declarou; “Além de ser do meu partido, ele é um amigo pessoal”, pedindo que se aguarde a conclusão das investigações e que não se faça julgamentos antecipados.
Talvez em Sapezal, se aguarde o mesmo desfecho para os dois casos.
Enquanto que por aqui, na Câmara, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê, os pesos e medidas são variáveis.