Os surtos de gripes do tipo H3N2 Darwin e de gripes comuns, em razão da baixa imunidade, fez a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendar uma segunda dose anual da vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe, para grupos considerados de risco (idosos, crianças de 0 a 8 anos e imunocomprometidos).
A decisão dos especialistas foram divulgadas em setembro, não se trata de uma diretriz formal que será encaminhada ao Ministério da Saúde, mas sim de um aval para que casos específicos, que se beneficiam da aplicação, sejam orientados a buscarem um reforço. A SBIm se baseou em estudos que comprovam a redução na proteção após um certo tempo de vacinação e a evidência no aumento dos anticorpos.
Por estes grupos naturalmente apresentarem uma resposta mais fraca aos imunizantes, a nova aplicação traz benefícios para garantir a proteção contra hospitalizações e óbitos pela gripe.
Cerca de 65,6% dos grupos prioritários foram imunizados contra a gripe, um percentual bem distante dos 95% previstos pelo Ministério da Saúde. Os grupos são crianças de até cinco anos, idosos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e professores, que juntos contabilizam 54,8 milhões de brasileiros.
Em 2021, o Brasil terminou o ano com uma cobertura de 72,8%. Apesar de ser mais alta que a atual, já havia sido o índice mais baixo em 16 anos, desde o início da disponibilização dos dados pelo SI-PNI, em 2006.Nos registros, embora oscilando, a cobertura permaneceu entre 75% e 95,69% – taxa mais alta registrada em 2020, no primeiro ano de pandemia. Nos últimos dez anos, de 2012 a 2021, a média de cobertura foi de 88,6%, quase 30% superior à de 2022 até agora.
Os interessados em se proteger com a segunda dose da gripe precisam estar atentos à dois requisitos:
- Para idosos acima dos 60 anos: precisam estarem imunizados com a vacina há pelo menos seis meses
- No caso das crianças de 1 a 8 anos que nunca se vacinaram podem tomar as duas doses; A partir do próximo ano voltam a tomar apenas 1.
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