A vereadora Michelly Alencar criticou publicamente a falta de união e diálogo dentro de seu partido, o União Brasil, para as eleições do próximo ano.

Ao ser indagado sobre a avaliação da vereadora para as eleições de 2026, o presidente do partido, governador Mauro Mendes, beliscou o ego da vereadora respondendo que “Talvez o diálogo ainda não esteja disponível para todos os vereadores, mas o diálogo está sendo feito com quem precisa ser feito, nesse momento”.

A vereadora, que é pré-candidata a deputada, evitou a expressão enxotada, mas entendeu que não fazia falta no partido.

“Enxotada eu acho que é pesada demais, né? Mas, não, eu que acho que assim, só deu a entender que eu não tenho espaço, eu não sirvo lá. Gente, é muito simples. A onde você não é bem-vindo, dá um beijinho, pega seu banquinho e sai de fininho. E para eu sair de fininho ele tem que me dar uma carta (anuência partidária). É só dar a carta que eu, linda, estou pronta (para sair do partido).”

Bombeiros devem ser acionados, mas tem muito mais por de trás das caneladas públicas.

Michelly teve seu primeiro mandato conquistado por gozar da simpatia e apoio de Mauro e Virginia Mendes.

O relacionamento entre eles desandou, azedou e acabou. Focando na oposição a Emanuel Pinheiro, Michelly se aproximou de Abilio Brunini e emplacou o esposo Jeferson Neves no staff municipal,  após ter sido dispensado como secretário estadual de esportes em junho do ano passado.

Michelly tem envergadura política para buscar uma candidatura de deputada pelo seu partido, se está sendo escanteada pode ser um indício que seu nome não estará na lista do União Brasil, para a Justiça Eleitoral.

E se os indícios se confirmarem, não haverá carta de anuência, vai ter que esperar a janela partidária e pode encontrar portas fechadas, já que em outros partidos a sua chegada pode significar a diminuição das chances de eleição para alguns candidatos.

Antigas mágoas podem desaguar como chuva forte na Prainha, fazendo banquinhos se perderem na enchente.