O secretário-chefe da Casa Civil, Rogério Gallo, afirmou que a polêmica “fila do ossinho”, na capital, é de responsabilidade da Prefeitura de Cuiabá. Na manhã desta terça-feira (23), em entrevista ao Jornal da Manhã Cuiabá, da Rádio Jovem Pan, Gallo disse que o fato é uma demonstração da falta de gestão na Assistência Social de Cuiabá.
A afirmação do secretário rebateu a candidata Márcia Pinheiro, principal adversária de Mauro Mendes nas eleições, que junto ao núcleo de apoio cuidou do atendimento social à população carente.
” O Estado tem feito sua parte […] jamais se investiu tanto na área social. Os olhos da assistência social são os municípios, especificamente em Cuiabá. Por que só teve fila em Cuiabá? Porque de fato há uma omissão. Os olhos da prefeitura estão cegos, estão vendo outras coisas […] Por isso que no Estado de 141 municípios e rico como o nosso, a capital está desse jeito. “
Ainda na entrevista, Rogério comentou sobre o veto do governador o PL 957/2019, que visava proibir a instalação de grandes e pequenas usinas hidroelétricas no Rio Cuiabá. Na justificativa do veto, Mauro Mendes apontou que o PL seria uma forma de causar interferência na competência privativa da União para legislar sobre águas.
“A preocupação do governo em relação ao projeto é ampliar isso para todos os demais rios e criar um ambiente hostil. Estamos sinalizando para fora que qualquer empreendedor que coloque o projeto em um rio de MT pode ser vetado pelo PL; A postura do governo foi técnica: “nós somos contrários também à essa criação de PCH’S” mas não dá pra criar um procedente que faça qualquer rio ser objeto de legislação da AL vedando a construção de energia elétrica. Não estamos fazendo nenhum cavalo de batalha em torno desse veto, colocando a posição técnica, dizendo que o governo não vai apoiar essa medida que expanda para outros rios, porém a ALMT é soberana e deve decidir se mantém ou derruba o veto”.
O projeto de lei que proíbe a construção de hidrelétricas no Rio Cuiabá é de autoria do deputado estadual Wilson Santos (PSD), e foi aprovado em 4 de maio, por 12 votos favoráveis e 2 abstenções, na Assembleia Legislativa. Vetado pelo governador Mauro Mendes, o projeto de lei volta ao plenário para manutenção ou derrubada do veto por parte dos deputados. A expectativa é de que o PL seja apreciado na sessão legislativa desta quarta-feira (24).
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