Muito tempo têm passado e literalmente todos preocupados com suas próprias “correrias” do dia a dia fecham os olhos para uma das circunstâncias que contribuíram e contribuem muito para o caos social que nosso povo brasileiro tem vivido, especialmente no Estado do Rio de Janeiro.
Em pleno século XXI, enquanto parte da humanidade vê as belezas proporcionadas pela tecnologia como o foguete que dá ré, cidades inteligentes e ambientalmente responsivas a expansão dos direitos humanos, a extinção da pena de morte e/ou assemelhados por diversos países, outra parte da humanidade vê inspirações em passados já superados há milênios, como por exemplo o jargão “bandido bom é bandido morto!”.
Tal pensamento deveria ser lembrado apenas e tão somente nos livros de história, para demonstrar a atual sociedade o quão evoluída é quanto as questões que envolvem o relacionamento humano, porém, o que assistimos há várias décadas e hodiernamente é justamente o oposto, um país cuja negligência de políticas públicas decorrente das práticas nefastas de submissão dos valores humanos e sociais em detrimento do poderio econômico, tem se vendido e, por óbvio que a médio e longo prazo a própria sociedade pagaria o preço, mas não sabíamos que o preço seria tão elevado, não é mesmo?
O fato ocorrido no Rio de Janeiro não é isolado, é apenas um acontecimento avançado do que em outros Estados brasileiros já se iniciou, a apropriação e ocupação das áreas omissas e negligenciadas pelo Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil, ou seja, seja aludido Estado permanecer inerte como assistido há décadas no Estado do Rio de Janeiro, não demorará muito tempo para o que o caos de lá se torne o caos de todos!
É passado o tempo da necessidade do investimento incrementado na educação dos nossos pequenos brasileiros, com a introdução da matéria de ensino cívico e constitucional, o respeito a bandeira nacional, gerando a sensação de pertencimento e criando o elo entre o ser humano e sua pátria, tornando o Brasil maior que as ofertas inescrupulosas que o dinheiro fácil origina.
Só com valores sociais sólidos, afasta-se o preço da corrupção!
Basta! Fica aqui as condolências a todos os brasileiros que perderam a vida e que continuarão perdendo a vida física e social enquanto inexistirem políticas públicas efetivas para o desenvolvimento do país e, enfim, angariarmos nossa alforria do colonialismo que jamais nos deixou.
Professor Rodrigo Palomares
Advogado, professor e comentarista na rádio Jovem Pan 90.9 FM, Cuiabá/MT.
 
				
 
											