A fase da adolescência têm extrema importância e impacto na vida de cada indivíduo, onde há uma passagem para o início da maturidade e é preciso se despedir da infância, e, mesmo sendo um momento mágico, pode ser assustador e confuso. Segundo a OMS, cerca de 14% dos adolescentes no mundo vive com algum transtorno mental.

Há fatores externos que podem intensificar a deterioração da saúde mental, problemas na escola ou em casa, decepções amorosas e quebra de expectativas, juntando isso a mudanças corporais e hormonais. 

A psicóloga Rafaelle Perin, especializada em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), esclarece qual é o cenário atual da saúde mental dos jovens em Cuiabá. Ela explica que o gênero feminino é o maior público e costuma relatar mais sintomas emocionais, perdem o controle facilmente e estão na faixa etária de 14 e 25 anos.

“Está bem caótico, há um aumento significativo nos casos de ansiedade, depressão, estresse e conflitos nas relações interpessoais, e até mesmo suicídios que são velados pelas autoridades públicas”, afirmou Perin.

A psicóloga apresenta as principais mudanças que os jovens exibem quando não estão bem, podem ser perceptíveis ou não. 

“Tristeza persistente, irritabilidade, excessiva, choro frequente ou isolamento social; Abandono de atividades antes prazerosas, queda no desempenho escolar; Queixas físicas, como: dores de cabeça frequentes, dores no estômago, fadiga, sono excessivo ou insônia, alterações no apetite, automutilação e ideação suicida”, afirma a especialista.

Rafaelle Perin finaliza aconselhando os pais em como agir nesse momento frágil e delicado, lembrando que há maneiras sutis de confortar os jovens que precisam de ajuda. 

“Buscar ajuda profissional não é sinal de fraqueza, ao contrário, é um ato de cuidado e coragem. Procurem conversar com acolhimento e sem julgamentos. O diálogo aberto e respeitoso fortalece os vínculos e pode ser um ótimo primeiro passo” sinalizou a psicóloga.